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Três dias após o senador Lucas Barreto (PSD), ter denunciado na Tribuna do Senado o aumento de 32% na conta de luz do Amapá, o governador Clécio Luís (Solidariedade), prefere manter o silêncio sobre o assunto.
Uma das justificativas do silêncio do governador pode ser por conta da aliança política com o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes (PDT), que foi responsável pela privatização da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), onde ficou acordado no contrato de concessão os reajustes anuais.
Clécio também é aliado e tem como principal liderança política do grupo que governa o Amapá, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil), que também apoiou a venda da CEA para o Grupo Equatorial.
Novo reajuste
O novo reajuste de 32% foi denunciado nesta quarta-feira, 03, pelo senador Lucas Barreto (PSD). “Trata-se de uma tentativa de reajuste absolutamente desproporcional, inaceitável e incompatível com a realidade econômica do nosso estado. Mais grave ainda, o Amapá é um estado produtor, que gera e exporta energia para todo o Brasil, e paradoxalmente os amapaenses pagam as tarifas mais elevadas do Brasil — afirmou.
De acordo com o parlamentar, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pretende reajustar a tarifa anual da CEA Equatorial Energia no próximo dia 13 de Dezembro. “A conta de luz está sacrificando o bem estar social das famílias de baixa renda”. O senador afirmou que o aumento de tarifas é “irracional” e “cruel”.