Brasileira diz que filho e marido estão desaparecidos após desabamento de prédio na região de Miami

 

"Preciso estar atenta, alerta e rápida", escreveu a brasileira Raquel Oliveira em uma rede social após dizer não ter conseguido contato com o marido e filho, que estavam no edifício que desmoronou na quinta-feira (25) na região de Miami.

Nesta sexta (26), Oliveira – que no momento do incidente visitava parte da família no estado americano do Colorado – disse estar de volta a Surfside e que já entrou em contato com os serviços de emergência para receber mais informações sobre a busca de seus familiares.

"Amigos. Eu estou bem, estou calma", publicou Oliveira em uma postagem. "Mas estou evitando muito ficar pensando nos dois em si e me focando mais em fazer o que precisar ser feito. Eu não posso ficar emotiva agora senão eu vou desabar, e eu preciso estar atenta, alerta e rápida."

Estima-se que 159 ainda estejam desaparecidos. As equipes de resgate ainda trabalham nos escombros do prédio para tentar encontrar sobreviventes. Ao menos quatro pessoas morreram com o desabamento.

O Ministério das Relações Exteriores não confirmou se há brasileiros desaparecidos ou, havendo, quantos são. O G1 entrou em contato com o Itamaraty e com o consulado em Miami para obter mais informações, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

As equipes de resgate chegaram a detectar sons de batidas, como se alguém estivesse batendo no concreto, mas não ouviram vozes, de acordo com as autoridades.

 

Logo após o desabamento, 37 pessoas foram resgatadas da estrutura. Somente duas estavam debaixo dos destroços, nesse primeiro momento. Segundo as autoridades, 10 pessoas ficaram feridas — 4 delas precisaram de atendimento em hospital.

Famílias de pessoas que podem estar sob os escombros aguardam em um centro comunitário perto do local onde houve o desabamento. Os familiares aguardam os resultados de exames de DNA de alguns dos corpos que foram retirados do local.

Segundo a agência Associated Press, citando fontes dos governos dos países, estão desaparecidos 22 cidadãos de países da América do Sul — nove da Argentina, seis do Paraguai, quatro da Venezuela e três do Uruguai.


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