Recomendação

MP pede que Governo Clécio contrate anestesista para o Hospital de Emergência e melhore as condições de trabalho

Na Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, uma série de denúncias informam que há ausência de anestesistas e troca de plantão desses profissionais sem que a direção do Hospital de Emergência (HE) seja informada, acarretando em prejuízo para os pacientes. Para tratar deste assunto polêmico, o promotor de justiça Wueber Penafort se reuniu, nesta sexta-feira (16), com representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL), HE e Procuradoria-Geral do Estado (PGE). 

Os gestores das unidades de saúde informaram que no HE trabalham somente 8 (oito) anestesistas, que estão sobrecarregados devido o quadro reduzido e a alta demanda. O secretário-adjunto da Sesa, Rinaldo Martins, disse que este é um assunto que preocupa a gestão e que estão buscando alternativas para resolver.  

Rosália Freitas, médica anestesista, apresentou estatística que considera positiva no HE: de janeiro até maio deste ano foram realizados 2.110 procedimentos eletivos. Mas explicou que os especialistas têm que se desdobrar. “Somos poucos para atender toda a demanda e ainda cumprir plantão. É muita responsabilidade, temos que deixar o paciente pronto para o cirurgião realizar um procedimento com qualidade, sedação, analgesia e mínimos riscos”.

Wueber Penafort questionou sobre a diferença de atendimento de cirurgias no HCAL e HE. Rosilete Dias, do Hospital de Clínicas, esclareceu que o Governo do Estado firmou convênio com o Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Saramate (Capuchinhos), para gerenciar os serviços médico-hospitalares, aumentar a capacidade de atendimento e reduzir a fila de espera. “Entre os benefícios do convênio tem a contratação de anestesistas, isso ajudou na agilidade. Das mais de 5 mil cirurgias que estavam em espera, temos 1.521 pacientes na fila, e já estão em procedimento pré-operatório”. 

Diante dos esclarecimentos, o representante do Ministério Público afirmou que o problema tem que ser resolvido e o estado precisa garantir a presença de mais anestesistas, inclusive nos plantões, organizar a escala para evitar a sobrecarga, disponibilizar um ambiente com melhores condições para os profissionais e cumprir a legislação e as Recomendações nº 004/2023 e nº 002/2024. 

“O estado precisa garantir a contratação de mais profissionais no HE, a exemplo do HCAL, para atendimento eficiente, principalmente nos plantões. Monitorar a escala e oferecer melhores acomodações para esses profissionais. Vamos acompanhar até que estas situações sejam resolvidas e, tanto os profissionais quanto os usuários, tenham melhores condições de trabalho e atendimento”, finalizou Wueber Penafort. 

Serviço:
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Texto: Mariléia Maciel


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