Na noite de abertura do 29º Encontro dos Tambores, nesta quinta-feira (14), o espetáculo “Ritmos do Meio do Mundo” abriu a programação oficial e trouxe uma mistura de expressões culturais como hip-hop, samba, capoeira, além das tradições de mamãe Oxum, povos originários, marabaixo e batuque. Com o apoio da Prefeitura de Macapá, o evento celebra a cultura afro-amapaense até o dia 26 de novembro.
A noite inaugural foi marcada por apresentações de grupos como Mulheres Pretas na Percussão, Rufar dos Tambores, e a Mina Nagô do terreiro Santa Bárbara, além do ‘Bantu Afro Brasileiros – Projet Africano côté Bénin’, grupo de Dança dos Palikur Arukwayene do Tambor e Show Costa Norte.
Morana Mendonça é integrante do grupo Mulheres Pretas na Percussão, coletivo que une raízes e uma paixão pela música, assim como representa a resistência e a força das mulheres negras na promoção da cultura através dos tambores.
“Os tambores são mais do que instrumentos; eles são a voz das nossas ancestrais e a força que nos une. Este evento é uma oportunidade para reafirmarmos nossa identidade e resistência”, conta Morana.
Morana Mendonça, integrante do grupo Mulheres Pretas na Percussão | Foto: Albert Soares/PMM
O Encontro dos Tambores 2024 acontece até o dia 26 de novembro e conta com o apoio da Prefeitura de Macapá, que destinou mais de R$ 200 mil pela Fundação Municipal de Cultura (Fumcult).
Luara Albuquerque, diretora-presidente da Fumcult, destacou a relevância do apoio municipal.
“Estamos comprometidos em valorizar e promover a cultura local. O Encontro de Tambores é uma expressão viva da nossa diversidade e um espaço fundamental para a troca cultural”, afirma a diretora.
Luara Albuquerque, diretora-presedente da Fumcult, acompanhou a abertura do evento que une tradição e modernidade | Fotos: Bruna Pinheiro e Albert Soares/PMM
O Encontro dos Tambores é um importante festival multicultural que reafirma a identidade afro-amapaense e promove a continuidade das tradições ancestrais na região.
Cristina Almeida, coordenadora-geral da União dos Negros do Amapá (UNA), enfatizou a importância do evento para a comunidade.
“Este festival é um marco para todos nós. Ele celebra nossas raízes e fortalece os laços entre as comunidades negras e indígenas do Amapá”, declara.
Cristina Almeida, Coordenadora-geral da UNA, destacou a importância da preservação cultural durante o 29º Encontro de Tambores | Foto: Albert Soares/PMM
Encontro dos Tambores 2024
Durante os 12 dias de festividades, o público poderá participar de oficinas, palestras e apresentações musicais, com artistas renomados como Patrícia Bastos e Zé Miguel. O Encontro dos Tambores é uma tradição que remonta a 1995, e promove a continuidade dos costumes ancestrais com o tambor como símbolo de união e resistência.