Em Santana, empresário é indiciado pelo crime de estelionato em mais de 20 inquéritos policiais

Nesta quinta-feira, 9, a Polícia Civil do Estado do Amapá, por meio da 2ª Delegacia de Polícia de Santana, indiciou um homem pelo crime de estelionato em 24 inquéritos policiais.

De acordo com o Delegado Danilo Brito, o indiciado era o responsável pelo estabelecimento denominado "Meu Crédito", localizado no Centro de Santana, que atendia pessoas que buscavam pagamentos de boletos bancários diversos, como IPVA, energia, etc.

"As vítimas buscaram o estabelecimento para o pagamento em espécie de diversos boletos bancários. Foram gerados comprovantes desses pagamentos, no entanto, os mesmos não foram debitados. Muitas vítimas, quando já procuraram a Delegacia, dias após o pagamento fictício, já tinham dívidas com juros e mora, que superavam os débitos iniciais. Diante da situação, representei por medidas cautelares diversas da prisão e pela prisão do autor, no entanto, somente a primeira foi deferida. Na medida cautelar deferida, foi determinado que o estabelecimento fosse fechado e que fosse oficiado ao Banco Central para que o fechamento das contas da empresa fosse realizado", disse o Delegado.

O Delegado informou, ainda, que foi apurado, junto ao banco que tinha a conta da empresa, que o indiciado chegou a cancelar mais de 800 movimentações, deixando assim, vários clientes com suas dívidas em aberto. O indiciado quis responsabilizar a atendente do local, que é responsável pelo pagamento. Porém, essa hipótese não condiz com a verdade, pois o próprio indiciado quem era responsável por todas as movimentações bancárias do estabelecimento, ficando a cargo da referida atendente apenas receber o público, gerar o comprovante de pagamento e repassar ao proprietário todas as movimentações que eram realizadas.

Os crimes aconteceram durante os anos de 2021 e 2022, porém, somente agora, após saberem que seus boletos bancários estão pendentes de pagamentos, as vítimas procuraram a Delegacia para denunciar. Há, aproximadamente, 30 vítimas até o momento, que tiveram prejuízos que variam de R$ 500 a R$ 7.000.

"Além das vítimas que já procuraram a Delegacia, após essa constatação do banco, esperamos que mais vítimas procurem a Delegacia para atendimento. Faremos o procedimento cabível para que o autor seja responsabilizado criminalmente. No processo, algumas medidas serão tomadas, como bloqueio de contas do autor e, até mesmo, sequestro de bens, caso não haja valores vivos para o ressarcimento de todas as vítimas", finalizou Brito.

O Ministério Público já denunciou o autor em vários inquéritos policiais e trabalha junto com a Polícia Civil para que todas as vítimas tenham seus prejuízos ressarcidos.


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