Eleições 2022

TRE autoriza investigação da PF contra Waldez, Clécio e Davi

Na tarde desta sexta-feira, 24, o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), por maioria, vencido o Juiz Orlando Vasconcelos, conheceu da liminar e, no mérito, à unanimidade, determinou que sejam produzidas provas por suposto abuso de poder político contra o ex-governador Waldez Góes (PDT), o senador Davi Alcolumbre (União Brasil) e o governador Clécio Luis (Solidariedade), nas eleições de 2022. As investigações tinham sido suspensas por decisão do ministro do TSE, Alexandre de Moraes.

De acordo com a “Coligação Para Mudar de Verdade” do então candidato ao governo do Amapá, Jaime Nunes (PSD), que entrou junto ao TRE/AP, com uma ação de investigação judicial eleitoral, questionando o uso da máquina pública na disputa para a eleição do governo de estado. A ação pede a apuração do uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico, ou do poder de autoridade em benefício da candidatura de Clécio Luis (Solidariedade).

Entre as ocorrências para o pedido de investigação, está a realização de reunião no dia 12 de setembro de 2022, das 12h30 às 16h, na residência oficial do então governador do Amapá, Waldez Góes, com a sua presença dos 14 comandantes da Polícia Militar do Estado, bem como de oficiais superiores do alto comando, e a participação dos candidatos ao governo Clécio Luís e ao senado Davi Alcolumbre, para pedido de apoio e participação no “projeto”, e orientações de como se deveria proceder para fazer reuniões com a tropa para levar os nomes dos candidatos.

Durante o encontro, todos os participantes tiveram seus celulares recolhidos, para evitar gravações do diálogo. Entre as recomendações, os oficiais foram orientados a se valer da sua inserção junto às associações comunitárias, principalmente nos interiores, para angariar apoio aos referidos candidatos e que força policial da PM deveria agir mais focada nas pontes, de maneira a garantir a entrada do pessoal de campanha dos candidatos. Também houve ataque a imagem de Jaime Nunes, ao ter o slogan “dono da quebrada” mencionado e associado ao crime organizado no Amapá.

Diante das alegações apresentadas pelo advogado, Vladimir Belmino, o TRE autorizou a investigação da PF para localizar os aparelhos telefônicos indicados, a obtenção de imagens pela Polícia Federal e o envio da agenda oficial do governador pela Casa Civil.

 


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